Dia 25 de Maio 2012 comemorou-se o Dia Mundial da Tiróide
Dia 25 de Maio 2012 comemorou-se o Dia Mundial da Tiróide pelo quarto ano consecutivo. A semana de 21 a 27 de Maio foi denominada a semana de “consciencialização” para as doenças da tiroide.
Este ano o tema principal de Dia e da Semana da Tiróide foi o Iodo e a Tiróide e a Tiróide e as doenças cardio-vasculares.
Estima-se que entre 500.000 a 1 milhão de portugueses tenham alguma forma de doença da tiroide.
A Tiróide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço. Pesa apenas cerca de 25 gramas. Contudo, é essencial para o funcionamento do organismo. É uma glândula de secrecção endócrina, ou seja, produz hormonas que liberta para a circulação sanguínea.
As hormonas produzidas pela tiróide são a T4 e a T3 e são indispensáveis para o crescimento e o metabolismo, regulando todas as funções do organismo. O Iodo é um componente essencial na síntese destas hormonas.
Em caso de défice de Iodo a síntese hormonal é deficitária podendo surgir o hipotiroidismo e o bócio.
Nos três últimos anos em Portugal decorreram dois estudos que demonstraram que mulheres grávidas apresentavam défice de iodo e crianças em idade escolar tinham um aporte borderline deste elemento e, nalgumas áreas deficitário.
A tiroide regula o metabolismo de todos os órgãos e entre eles o coração e o sistema cardio-vascular.
A disfunção da tiroide agrava as doenças cardio-vasculares: o mau funcionamento (hipotiroidismo) pode potenciar a aterosclerose e aumenta o risco de enfarte do miocárdio se não for corrigido; o funcionamento em excesso (hipertiroidismo) provoca arritmias com aceleração da frequência cardíaca e pode desencadear uma insuficiência cardíaca se não tratado.
A SPEDM (Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo) tem um Grupo de estudos da Tiróide (GET) que se dedica especialmente à patologia desta glândula.
Em 2012 formou-se em Portugal a primeira Associação de Doentes da Tiroide (ADTI), à semelhança do que já acontece em outros países, com o objectivo de informar e alertar as pessoas para a importância da tiroide e desmistificar alguns medos que surgem relativos às suas doenças que quando diagnosticadas, tratadas e seguidas convenientemente, têm geralmente um bom prognóstico.
Maria João Oliveira
Coordenadora do GET – SPEDM