Estudo revela novas anomalias genéticas do cancro da tiroide
É frequente os cancros resultarem de anomalias genéticas específicas e o cancro da tiroide não é exceção. Um estudo descobriu um novo mecanismo genético associado ao carcinoma da tiroide, que pode vir a influenciar o tratamento deste e de outros cancros.
Todos os anos surgem em Portugal cerca de 400 novos casos de cancro da tiroide. O número tem vindo a aumentar, de ano para ano. Nos Estados Unidos da América este é o tipo de cancro que apresenta maior taxa de crescimento, esperando-se que só em 2017 apareçam mais de 55.000 novos casos.
Na Universidade de Medicina de Pittsburgh, nos Estados Unidos, um grupo de investigadores analisou o tipo de cancro da tiroide mais comum – o carcinoma papilar – e descobriu algo de novo. Numa percentagem muito significativa, uma fusão envolvendo um gene, designado de THADA, conduzia ao aumento de uma proteína (IGF2BP3) que faz parte de uma outra ligada à formação e desenvolvimento do carcinoma da tiroide.
Até este estudo ser realizado, sabia-se que as alterações ao gene THADA estavam associadas ao cancro da tiroide mas faltava explicar de que forma isso sucedia. O aumento do nível de IGF2BP3 veio dar essa resposta. Os investigadores também descobriram que outros cancros, como o dos pulmões, pâncreas, cólon e ovários, apresentam igualmente níveis elevados de IGF2BP3.
Estas descobertas sugerem que o IGF2BP3 vai funcionar como marcador, permitindo identificar as pessoas que podem beneficiar de uma determinada classe de medicamentos, como forma de tratar o cancro da tiroide e outros tipos de cancro.
Fontes: medicalxpress.com e www.saudecuf.pt