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Publicado em 31 de Janeiro de 2019 às 12:50 em Notícias | 0 comentários

Cancro da tiroide: estar atento e diagnosticar cedo é essencial!

Cancro da tiroide: estar atento e diagnosticar cedo é essencial!

Embora o cancro da tiroide represente apenas 1% de todas as patologias oncológicas registadas no nosso país, a sua incidência tem vindo a aumentar, como acontece em outros países desenvolvidos. As suas causas são ainda pouco conhecidas, mas sabe-se que é mais comum entre os 25 e os 65 anos e que afeta cerca de 3 vezes mais o sexo feminino.

Ser jovem e ser mulher são dois fatores de risco

Todos os anos surgem em Portugal aproximadamente 400 novos casos de cancro da tiroide, uma patologia que resulta de uma alteração no DNA das células daquela glândula, que faz com que estas cresçam de forma descontrolada produzindo um nódulo.
Os motivos para o seu aparecimento ainda não estão esclarecidos. Contudo, existem alguns fatores de risco conhecidos, sendo os principais os seguintes:
x Ter entre os 25 e os 65 anos;
x Ser do sexo feminino;
x Ser obeso;
x Ter sido exposto a tratamentos de radioterapia ao pescoço ou a radiação por acidente nuclear.
x Ter bócio;
x Existirem antecedentes familiares de cancro da tiroide ou outras doenças da tiroide;
x A presença de síndromes genéticos que aumentam o risco de carcinoma medular da tiroide e neoplasia endócrina múltipla tipo 2A ou 2B;
x Ter polipose adenomatosa familiar, uma condição intestinal que se carateriza pela formação de centenas de pólipos no intestino grosso.
x Ter acromegalia, uma condição rara em que o corpo produz muitas hormonas de crescimento.
x Ser de etnia asiática.

Sintomas podem passar despercebidos

A maioria das pessoas não apresenta sintomas específicos e podem mesmo passar despercebidos ou serem confundidos com os de outras patologias. Contudo, é frequente existir o que é descrito como um «desconforto no pescoço» ou «sentir um nódulo». A diarreia inexplicada é outro dos sintomas associados ao cancro da tiroide.
Como o tratamento precoce é fundamental para a recuperação, deverá estar atento e consultar o seu médico se notar:
x Um nódulo ou inchaço indolor na parte da frente do pescoço – embora apenas 1 em cada 20 nódulos no pescoço sejam cancerígenos.
x Glândulas inchadas no pescoço.
x Rouquidão inexplicável que não melhora após algumas semanas.
x Uma dor de garganta que não melhora.
x Dificuldade em engolir ou em respirar.
Através de um exame ao seu pescoço, o seu médico poderá depois pedir que faça análises ao sangue para verificar se a tiroide está ou não a funcionar bem. Se o médico de clínica geral tiver dúvidas, deverá ser reencaminhado para um especialista hospitalar, de forma a realizar mais exames imagiológicos, que podem incluir ecografia e/ou TAC. Pode ainda ser solicitada uma biopsia da tiroide para recolha de amostra das células.

Faça um autoexame ao seu pescoço

Como prevenir é sempre a melhor opção, saiba que, tal como o auto exame da mama, pode e deve fazer um autoexame ao seu pescoço.
Comece por localizar e sentir a maça de Adão no seu pescoço, a cartilagem volumosa que sobe e desce quando engole (que é mais pequena nas mulheres). De seguida, deslize os dedos para baixo até sentir a próxima cartilagem proeminente. Por fim, coloque os dedos em ambos os lados dessa proeminência (logo acima da abertura na base do pescoço) e engula. Se sentir algum caroço deve consultar o seu médico.

Há mais do que um tipo de cancro da tiroide

Cerca de 80% dos cancros da tiroide são carcinomas papilares, um tipo de cancro mais comum e menos agressivo e que surge em qualquer idade. Geralmente pode ser tratados com sucesso e raramente é fatal.
O carcinoma folicular, também denominado carcinoma de células de Hürthle, comporta-se de uma forma mais agressiva e tem uma taxa mais elevada de metástases. Contudo, quando detetado precocemente, existe um bom prognóstico.
Depois, existe o carcinoma medular, um tipo de cancro da tiroide mais raro, com origem nas chamadas células C, produtoras da hormona calcitonina.
Por fim, o carcinoma anaplásico, também raro e geralmente com incidência em idades superiores a 60 anos, é considerado o mais agressivo.

Tratamentos disponíveis

Embora dependa do tipo de cancro, atualmente os principais tratamentos disponíveis são:
x Cirurgia, para remover parte ou toda a tiroide.
x Tratamento com iodo radioativo.
x Radioterapia.
x Quimioterapia e medicamentos.

Fontes:
American Thyroid Association
National Health System UK
Cuf – Instituto de Oncologia
Health.com

 

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