O Impacto Psicológico das Doenças da Tiroide
Nem sempre são óbvios, ou pelo menos não tão óbvios como os sinais físicos, mas o impacto dos sintomas psicológicos associados às doenças da tiroide pode ser igualmente incapacitante, dando origem a sentimentos de solidão e isolamento.
A falta de compreensão do que está a enfrentar quem vive com problemas na tiroide ou a ideia de que o diagnóstico é algo que os separa das outras pessoas afeta inevitavelmente as relações com a família, com os amigos, com os colegas e até com os profissionais de saúde.
E tudo começa com as alterações físicas. As mudanças de peso ou as alterações das características faciais, da pele e do cabelo podem fazer com que quem se olha ao espelho passe a ‘ver’ uma pessoa diferente, aumentando o risco de problemas psicológicos.
Há outros sintomas físicos da doença, como a fadiga e dores nas articulações, que podem conduzir também a este tipo de problemas, o que pode obrigar a que se deixe de sair como antes e de estar com os amigos também como era costume ou com a mesma frequência. De resto, o convívio social é muitas vezes uma das primeiras coisas a ficar de lado quando se está a lutar com níveis baixos de energia.
Mas há mais. É que, além de tudo isto, a tiroide tem ainda influência nas nossas emoções. Se estivermos deprimidos ou ansiosos pode ser mais difícil para as pessoas à nossa volta “perceberem” como nos estamos a sentir. E pode ser também mais complicado exprimir os nossos sentimentos.
Muito importante aqui é a questão da comunicação. Falar sobre como a pessoa se está a sentir, mas consciente de que as outras pessoas podem não ter tido consciência do que sente ou ter pensado nisso de todo. E procure também limitar as suas expectativas, ou seja, tentar não entrar em conversas à espera que a outra pessoa “perceba” à primeira. Isto porque pode demorar algum tempo até que compreenda o que está a dizer.
E, sobretudo, não ter medo de pedir ajuda. Tal como pode sentir desconforto em expressar os seus sentimentos e pedir ajuda, os outros também podem sentir o mesmo. Não parta do princípio de que os outros sabem como se está a sentir e quais são as suas necessidades.