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14 Janeiro, 2025As doenças da tiroide são comuns em pessoas mais velhas, pelo que se torna cada vez mais importante conhecer os principais sinais e sintomas e saber qual o próximo passo para agir. Por vezes, os sintomas num idoso podem ser confundidos com sinais de envelhecimento, pelo que passam despercebidos, tornando o diagnóstico mais tardio.
Pode apenas ser um declínio cognitivo, quedas e fraqueza frequentes, além do colesterol alto inexplicável, insuficiência cardíaca, obstipação, dor nas articulações e músculos e problemas psiquiátricos, nomeadamente psicose. Se houver histórico familiar de doenças da tiroide, pode ser também uma ajuda para determinar a causa destes sinais, sem ser “apenas” velhice.
O hipotiroidismo é mais frequente nos idosos do que nas pessoas mais jovens, aumentando a sua prevalência com o aumento da idade. O principal problema é quando a doença está subdiagnosticada, algo muito frequente em lares de idosos. Especificamente no hipotiroidismo, os sintomas são muito inespecíficos, como ganho de peso, sonolência, pele seca, intolerância ao frio e obstipação.
Já no hipertiroidismo, por haver muita produção de hormona da tiroide, todas as funções do corpo aceleram, mas ainda assim são poucos os sinais nesta idade: palpitações, desconforto no peito, depressão e tremores.
Após o diagnóstico cuidadoso destas doenças, também o tratamento deve ser personalizado e individualizado, tal como em todos os casos, no entanto, no idoso, existem ainda as restantes comorbilidades, a polimedicação e as interações medicamentosas que é preciso considerar, podendo interferir no bom funcionamento dos restantes fármacos para as outras doenças.
Por fim, o mais importante é que o idoso seja sensibilizado para a importância de ter uma boa adesão à sua terapêutica e os benefícios que daí advêm, para que o hipo e o hipertiroidismo sejam tratados adequadamente e o idoso voltar a sentir bem-estar e qualidade de vida.