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31 Maio, 2025O Dia Mundial da Tiroide é um marco importante para sensibilizar e consciencializar a sociedade, aumentando o seu conhecimento sobre o rastreio, sintomas, monitorização e tratamento. Foi com este mote que a Thyroid Federation International pretendeu assinalar este dia desde 2007. Desta forma, dá-se o merecido destaque aos fatores genéticos, ambientais e outros, responsáveis pelo desenvolvimento das doenças da tiroide.
Quais os distúrbios da tiroide?
Quando a tiroide não está a funcionar corretamente, pode causar diferentes distúrbios, como hipotiroidismo, hipertiroidismo, bócio, nódulos benignos e malignos, doença de Graves e de Hashimoto, com impacto no peso, na fertilidade, na concentração, no humor, na saúde cardiovascular.
Estas doenças podem desenvolver-se em todas as idades, desde os recém-nascidos até aos idosos. Prova disso é o hipotiroidismo congénito, isto é, uma doença hereditária que impede o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido. Tal pode ser diagnosticado através do Teste do Pezinho, para determinar o tratamento correto.
Durante a idade adulta, quando detetado um nódulo, deve determinar-se rapidamente se é benigno ou maligno. Para isso, o seu médico vai aconselhá-lo a realizar um exame ao sangue, designado TSH, e uma ecografia à tiroide. A verdade é que cerca de 85% dos nódulos são benignos e, por isso, não precisa de se preocupar. Ainda assim, ainda existem cerca de 15% de probabilidade de ter um nódulo maligno, que se agrava se tiver história familiar de cancro da tiroide, crescimento rápido do nódulo, presença de adenomegalias na região do pescoço, rouquidão e história de radiação.
Como determinar distúrbios da tiroide?
Tal como em todas as doenças, o rastreio é muito importante, para diagnosticar e tratar precocemente. Ainda assim, na tiroide, os especialistas defendem que só se deve realizar exames de rastreio quando for necessário. Para isso, são utilizados exames ao sangue e de imagem à tiroide.
Os exames ao sangue podem medir a TSH, isto é, uma hormona produzida pela hipófise, o T3, que mede a quantidade de triiodotironina, o T4, para a quantidade de tiroxina no sangue, e ainda os anticorpos da tiroide, com o objetivo de determinar se sofre de hipertiroidismo ou hipotiroidismo. Já os exames de imagem ajudam a encontrar nódulos e a determinar se são benignos, através da medicina nuclear, como tomografia ou captação da tiroide.
Ao contrário dos rastreios para o cancro da mama ou colorretal, por exemplo, que é chamado a realizar, os exames à tiroide podem partir de si. Caso sinta algum sintoma, marque uma consulta com o seu médico e exponha o que sente. Provavelmente, vai ser reencaminhado para as análises clínicas.
Devo estar atento a que sintomas?
Os principais sintomas são:
- inchaço no pescoço;
- frequência cardíaca irregular ou rápida;
- colesterol alto;
- osteoporose;
- problemas de fertilidade, ciclos menstruais irregulares, abortos recorrentes, líbido baixa;
- histórico familiar de doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, vitiligo, entre outros.
No entanto, deve realizar exames anuais ou com mais frequência se:
- tem um distúrbio da tiroide diagnosticado;
- já fez tratamento para o hipertiroidismo;
- recebeu irradiação na cabeça e pescoço após cirurgia de cancro.
Atualmente, os exames de sangue são o método mais preciso para diagnosticar e tratar distúrbios da tiroide.
Fontes