Os distúrbios da tiroide na 3ª idade
Já aqui o dissemos – e reforçámos – que a glândula da tiroide desempenha um papel fundamental no nosso organismo. Um papel que, quando alterado, deixa marcas, independentemente da idade. O que significa que também os mais velhos podem ser afetados pelos distúrbios da tiroide. De resto, são vários os estudos que confirmam que estes são problemas frequentes entre os que têm mais idade, até porque a incidência de problemas da tireoide aumenta com o envelhecimento.
O problema é que, apesar de frequentes, são difíceis de diagnosticar, uma vez que os sintomas nem sempre são tão comuns ou óbvios como aqueles revelados pelos doentes mais jovens. A isto acresce outra dificuldade, a das doenças já diagnosticadas entre os seniores, que podem representar fatores de confusão no diagnóstico correto dos distúrbios da tiroide, assim como na abordagem ao seu tratamento.
Os números confirmam que a prevalência de hipotiroidismo aumenta entre os idosos, aproximando-se dos 5% nos maiores de 60 anos. E nem sempre é fácil de diagnosticar, até porque o normal processo de envelhecimento pode, por vezes, assemelhar-se ao hipotiroidismo. Anemia, problemas neuropsiquiátricos ligeiros e um aumento moderado de peso estão entre os sinais mais frequentemente observados nos idosos com hipotiroidismo.
No caso do hipertiroidismo, o mesmo é dizer, uma tiroide hiperativa, a prevalência na população mais velha situa-se à volta dos 3%. Nestes casos, a existência de hormonas em excesso tende a acelerar todas as funções do organismo, manifestando-se aqui, no entanto, com menos sintomas do que entre os mais jovens. Tremores, nervosismo, taquicardia e intolerância ao calor são sinais que podem nunca se manifestar nos doentes idosos com hipertiroidismo. As palpitações podem representar um sintoma importante e pode haver ainda queixas de perda de apetite e perda de peso inexplicadas.
Fontes: Endocrinology Advisor e British Thyroid Foundation