Cancro da tiroide: o que é, quais os sintomas e como se trata
De acordo com os dados divulgados pelo Globocan, a plataforma da Agência Internacional para Investigação em Cancro que, anualmente, partilha informação sobre a incidência e mortalidade dos diferentes tipos de tumores malignos, contaram-se 586.202 novos casos de cancro da tiroide em 2020.
Um tipo de cancro que tem o seu início na glândula da tiroide, a partir do momento em que as células começam a crescer de forma descontrolada, estando ainda por conhecer a causa da maior parte dos casos.
Ainda assim, há fatores de risco identificados para esta doença, que incluem o sexo – por razões desconhecidas, este tumor, à semelhança da maioria dos distúrbios da tiroide, afeta mais as mulheres (é cerca de três vezes mais frequente no sexo feminino), sobretudo as que se encontram na faixa etária entre os 40 e os 50 anos (no caso dos homens, costuma surgir mais tarde, entre os 60 e os 70 anos).
Exposição a radiação, história familiar da doença ou obesidade são outros fatores de risco que se juntam aos restantes para causar esta forma de tumor maligno que, em Portugal, afeta cerca de 500 pessoas todos os anos.
Com sintomas que podem ir do caroço ou inchaço no pescoço, dor na parte frontal do pescoço, rouquidão ou outras alterações na voz que não desaparecem, dificuldade em engolir ou problemas respiratórios, o cancro da tiroide apresenta sinais que, apesar de serem semelhantes a outros problemas não cancerígenos, devem motivar sempre uma consulta médica.
Quanto ao tratamento, este é diferente consoante os casos e pode incluir a cirurgia, que é a principal forma de levar de vencida este tumor e que, também para a maioria das situações, é curativa, não causando praticamente qualquer dor ou incapacidade. Aqui, juntam-se ainda o iodo radioativo e a terapia hormonal, para as situações em que foi necessária a remoção da tiroide, como opções de tratamento.
Fontes: Globocan, American Cancer Society e Sociedade Portuguesa de Endocrinologia