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Publicado em 08 de Abril de 2024 às 11:15 em Tiroide | 0 comentários

História da tiroide: uma jornada de descobertas e inovações

História da tiroide: uma jornada de descobertas e inovações

Não é de hoje que se fala de doenças da tiroide. Aliás, os vestígios deixados pela história confirmam que há muito, mas mesmo muito tempo que as pessoas são afetadas por problemas na pequena glândula situada na base do pescoço, ainda que muito provavelmente desconhecessem o seu significado ou a forma de reduzir os sintomas. De facto, a primeira menção ao tratamento de um problema associado à tiroide, neste caso o bócio (aumento da glândula tiroideia), data de 2.700 a.C., quando as algas marinhas eram uma terapia médica no território que hoje é a China.

Mas só muito mais tarde, em 1656, é que a tiroide teve direito ao nome que ainda tem hoje, numa altura em que muito já se tinha falado sobre esta glândula, que foi mesmo ilustrada, anatomicamente falando, por Leonardo Da Vinci, nos muitos trabalhos que fez sobre anatomia humana.

Nesta altura surge também o termo cretinismo, forma médica arcaica usada para descrever as consequências de um hipotiroidismo não tratado, termo que acabou por ser usado também para descrever indivíduos com deformidades físicas e desafios mentais. 

Muito mais tarde, em 1811, foi feita a descoberta do iodo, por Bernard Courtois, um químico francês. Iodo que, poucos anos depois, em 1820, passou a ser usado para o tratamento do bócio, tendo sido em 1825 que se detetou a presença deste mineral no sal que saía das minas do norte dos Andes, tendo sido recomendado o seu consumo como medida preventiva contra o bócio, muito comum na região da Suíça.

Graves e as consequências oculares

Robert Graves tem um apelido que muitos doentes conhecem, ou não tivesse sido ele que, em 1835, descreveu pela primeira vez os sintomas associados ao hipertiroidismo, incluindo os seus efeitos nos olhos. Mas o termo Doença de Graves apenas entrou para o vocabulário das revistas médicas a partir de 1862, numa altura em que as tiroidectomias totais já eram realizadas em animais há cinco anos.

Isto apesar de ter sido apenas em 1884 que a cirurgia à tiroide foi realizada num doente humano, exatamente para tratar a doença de Graves. 

À descoberta do papel das hormonas

No início de 1900, a endocrinologia e as glândulas do corpo eram alvo de intensos estudos, sendo várias as tentativas para identificar as hormonas e o seu papel. Em 1914, E.C. Kendall consegue isolar a hormona tiroxina (T4) e, e 1917, a tiroxina (de fontes naturais) começa a ser vendida ao público – hoje, há uma única forma sintética de tirocina para tratar o hipotiroidismo, que é a levotiroxina.

Ao longo das décadas de 1920 e 1930, os raios X, iodo e outros tratamentos foram usados para dar respostas aos problemas da tiroide, tendo sido também nesta altura que foi feita a descoberta da hormona tiroideia triiodotironina (T3) e os anticorpos  tiróides que caracterizam a tiroidite de Hashimoto. 

A investigação e conhecimento não têm parado, com o desenvolvimento de novas ofertas terapêuticas para minimizar os sintomas dos distúrbios da tiroide e aumentar a qualidade de vida destes doentes. Um trabalho que prossegue nos dias de hoje, sendo certo que há ainda um longo caminho a percorrer antes que se desvendem todos os mistérios desta glândula, tantas vezes incompreendida.

Fonte: https://www.palomahealth.com/learn/the-history-of-thyroid-disorders 

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