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Publicado em 24 de Setembro de 2024 às 11:42 em Cancro Tiroide | 0 comentários

O que deve saber sobre o Cancro da Tiroide – Sinais de Alerta

O que deve saber sobre o Cancro da Tiroide – Sinais de Alerta

É crucial aumentar a consciencialização sobre o Cancro da Tiroide que, apesar de ser geralmente pouco agressivo, pode ter um impacto significativo na vida das pessoas. Segundo a Dr.ᵃ Maria João Oliveira, endocrinologista, membro do Conselho Consultivo/Científico ADTI e Diretora do Serviço de Endocrinologia do ULS Gaia e Espinho, o cancro da tiroide pode ser assintomático durante longos períodos, e é importante conhecer os sinais de alerta e a importância de um diagnóstico precoce para garantir um tratamento eficaz.

Sinais a que se deve estar atento

O cancro da tiroide, como explica a Dr.ᵃ Maria João Oliveira, “pode ser completamente assintomático” e, em muitos casos, desenvolver-se lentamente ao longo de anos sem ser detetado. No entanto, alguns sinais podem indicar a presença da doença, e é fundamental estar atento a estes sintomas. Entre os principais sinais de alerta estão:

  • Inchaço na parte anterior ou lateral do pescoço:Uma tumefação de crescimento rápido, dura e pouco móvel pode ser um dos primeiros indícios de um problema.
  • Rouquidão: Alterações na voz, especialmente se acompanhadas de outros sintomas.
  • Dor: Pode ocorrer na região do pescoço ou, em casos mais avançados, estender-se à garganta e ouvido.
  • Dificuldade em engolir: Sinal de que o tumor pode estar a pressionar estruturas próximas.

Pessoas com histórico familiar de cancro da tiroide devem ter especial atenção, por estarem em maior risco de desenvolver a doença. Como destaca a Dr.ᵃ Maria João Oliveira, “o diagnóstico precoce é essencial para garantir um tratamento eficaz e aumentar as hipóteses de cura.”

A importância do diagnóstico e tratamento adequado

Embora o cancro da tiroide seja considerado um tumor maligno com um prognóstico geralmente favorável – a taxa de sobrevivência a 10 anos é de cerca de 95% – a abordagem correta desde o início é fundamental para evitar complicações. Um diagnóstico inadequado ou tardio pode comprometer a eficácia do tratamento.

A Dr.ᵃ Maria João Oliveira sublinha que “o doente deve ser abordado e acompanhado por uma equipa multidisciplinar, composta por especialistas em endocrinologia, cirurgia e medicina nuclear”. O tratamento inicial é, na maioria dos casos, cirúrgico, com a remoção parcial ou total da tiroide. Após a cirurgia, é comum recorrer ao tratamento com iodo radioativo (Iodo 131) para eliminar eventuais células cancerígenas remanescentes.

Quando o tratamento requer mais intervenções

Em casos mais complexos, como tumores de grande dimensão ou que tenham invadido os tecidos circundantes, pode ser necessário recorrer a tratamentos adicionais. No entanto, como explica a Dr.ᵃ Maria João Oliveira, “o carcinoma diferenciado da tiroide não é tratado com quimioterapia, e a radioterapia só é usada em casos muito específicos”, como a presença de metástases ósseas.

Além disso, um acompanhamento regular é crucial, uma vez que o cancro da tiroide, apesar de ter um bom prognóstico, pode reaparecer muitos anos após o diagnóstico inicial. As metástases, quando ocorrem, tendem a surgir nos gânglios do pescoço, nos pulmões ou nos ossos, tornando o acompanhamento contínuo e especializado vital para a saúde dos doentes.

A deteção precoce pode salvar vidas

A sensibilização para o cancro da tiroide passa, sobretudo, por reconhecer a importância do diagnóstico precoce e da abordagem correta ao tratamento. Como indica a endocrinologista, Maria João Oliveira, uma deteção atempada e o acompanhamento por uma equipa experiente pode fazer a diferença entre a cura e a recorrência da doença. Para assinalar o Dia de Sensibilização para o Cancro da Tiroide, a comemorar-se no dia 24 de setembro, reforçamos a importância de estar atento aos sinais e de procurar orientação médica sempre que houver alguma suspeita.

Não ignore os sinais. A deteção precoce pode salvar vidas.

Referência:
Dr.ᵃ Maria João Oliveira, membro do Conselho Consultivo/Científico ADTI e Diretora do Serviço de Endocrinologia do ULS Gaia e Espinho.

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