Por certo já terá ouvido falar na osteoporose, uma doença que se caracteriza pela diminuição da densidade mineral óssea, o que causa um aumento da fragilidade, alterações da microestrutura óssea e, consequentemente, maior risco de fraturas. O que talvez não saiba é que há uma relação entre a saúde dos seus ossos e a tiroide.
Todos nós já tivemos, uma ou outra vez, dificuldades associadas ao sono. Mas tanto quem sofre com hipertiroidismo, como quem vive com o diagnóstico de hipotiroidismo conhece bem estes problemas, ou não fossem eles um dos sintomas associados aos distúrbios da tiroide. Seja a dificuldade em adormecer, os despertares frequentes ou ainda a síndrome das pernas inquietas, que causam sensações desconfortáveis ou desagradáveis nas pernas quando o corpo está em repouso, impedindo o sono, noites mal dormidas podem, de facto, ser uma constante quando se trata dos distúrbios associados à tiroide. É aqui que entram os bons hábitos, que podem dar uma preciosa ajuda para conseguir um sono de qualidade todas as noites.
Sabendo que as hormonas da tiroide têm impacto um pouco por todo o organismo, não será surpresa que o mau funcionamento da glândula que as produz cause consequências. E algumas são ao nível do coração. De facto, no caso do hipotiroidismo, os sintomas podem incluir diminuição da frequência cardíaca, constrição dos vasos sanguíneos e aumento da pressão arterial. É sobre esta última que aqui falamos, ou melhor, sobre como os bons hábitos de saúde podem ajudar a manter a pressão arterial controlada.
A tiroide, uma glândula em forma de borboleta localizada na região anterior do pescoço, produz hormonas essenciais ao nosso bem-estar. As hormonas tiroideias, a T3 e a T4, atuam em quase todas as células do organismo, controlando o metabolismo, crescimento e desenvolvimento intelectual, funcionamento do cérebro, músculos, intestinos, coração, fertilidade, controlo de peso, memória, concentração e equilíbrio emocional.
Sabia que as hormonas da tiroide desempenham um papel essencial no desenvolvimento normal do cérebro e do sistema nervoso do bebé durante a gravidez? De facto, nos primeiros três meses de gestação o bebé depende do fornecimento da hormona da tiroide materna, que passa através da placenta, já que é apenas por volta das 12 semanas que a tiroide do bebé é formada e migra para a base do pescoço, sem a capacidade de produzir, no entanto, hormonas suficientes, algo que apenas acontece entre a 18ª a 20ª semana de gravidez, quando o eixo hipotálamo-hipófise – tiroide começou a funcionar. É por volta da 23ª semana de gestação que este funcionamento é pleno.
Não é de hoje que se fala de doenças da tiroide. Aliás, os vestígios deixados pela história confirmam que há muito, mas mesmo muito tempo que as pessoas são afetadas por problemas na pequena glândula situada na base do pescoço, ainda que muito provavelmente desconhecessem o seu significado ou a forma de reduzir os sintomas. De facto, a primeira menção ao tratamento de um problema associado à tiroide, neste caso o bócio (aumento da glândula tiroideia), data de 2.700 a.C., quando as algas marinhas eram uma terapia médica no território que hoje é a China.
