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Publicado em 29 de Abril de 2019 às 17:50 em Notícias | 0 comentários

De que forma a tiroide influencia o sono?

De que forma a tiroide influencia o sono?

Problemas como a insónia ou apneia do sono podem ser causados por diversos fatores, como dor crónica, refluxo gastroesofágico ou depressão. Contudo, poucas pessoas sabem que os distúrbios da tiroide também podem (e muito!) afetar a qualidade do seu sono. Saiba como neste artigo.

Tiroide hiperativa não permite descansar

No caso das pessoas com hipertiroidismo, ou seja, quando existe uma produção excessiva da hormona da tiroide, é comum o organismo ficar mais acelerado, o que provoca um pulso também ele acelerado e um sentimento generalizado de ansiedade, sem que consigam relaxar.
À primeira vista, nenhuma destas caraterísticas parece estar relacionada com problemas de sono e uma tiroide hiperativa até pode parecer ser algo de positivo, devido aos elevados níveis de energia que provoca. Contudo, com o passar do tempo esses níveis hormonais elevados podem afetar a sua qualidade de sono, uma vez que a dificuldade em descansar é enorme devido à agitação e ansiedade, provocando insónias e um cansaço extremo.

Suores noturnos

No contexto da dificuldade de regular a temperatura do corpo é frequente, no hipertiroidismo, ocorrer com mais frequência suores noturnos, que obviamente são prejudicais ao sono. A menopausa é comumente associada a este fenómeno, motivo pelo qual a sua origem deve ser investigada.

Apneia do sono quando a tiroide é pouco ativa

Quando a glândula tiroide é pouco ativa e não produz hormonas suficientes (hipotiroidismo) ocorre, pelo contrário, uma diminuição do ritmo do organismo, fazendo com que se sinta cansado com mais facilidade. Para as pessoas com essa condição, até mesmo uma noite de oito horas de sono seguidas não consegue impedir a sensação constante de exaustão.
Sintomas como sonolência diurna excessiva, apatia e sensação de letargia, frequentemente associados à apneia obstrutiva do sono (AOS), são comuns no hipotiroidismo, tornando os dois distúrbios difíceis de serem diagnosticados de forma separada com base na história e no exame físico.
Além disso, sabe-se que as pessoas com hipotiroidismo correm um maior risco de desenvolver AOS devido a múltiplos fatores que envolvem a respiração, como a diminuição da capacidade de reação a mudanças químicas e dos músculos envolvidos na respiração.
Adicionalmente, o excesso hormonal pode contribuir para o aparecimento da AOS devido ao crescimento anormal da língua (macroglossia) ou rutura dos músculos que controlam a via aérea superior. Finalmente, existe um maior risco de obesidade, outro fator que contribui para o aparecimento da patologia.

Insónia

Devido à má qualidade do sono, o tempo na cama pode ser prolongado. Ir para a cama cedo ou ficar na cama até muito tarde pode ser igualmente prejudicial, provocando insónias que podem ser crónicas.

Medicação e cirurgia podem ajudar a reduzir os sintomas

Para as pessoas com hipotiroidismo e sintomas de AOS, um estudo do sono pode ajudar a determinar o diagnóstico de apneia. Já as pessoas com apneia oficialmente diagnosticadas devem solicitar ao seu médico um exame sanguíneo para analisar os níveis de tiroide, especialmente se os sintomas persistirem apesar dos tratamentos apropriados para a AOS.
Felizmente que a medicação pode ajudar a reduzir os sintomas negativos e melhorar os problemas do sono.
Se for o hipotiroidismo a provocar apneia do sono ou dificuldades respiratórias, a situação clínica irá com certeza melhorar com a reposição das hormonas tiroideias.
Já os sintomas do hipertiroidismo podem atenuados com um tratamento à base de iodo radioativo ou recorrendo à cirurgia, que é sobretudo indicada nos casos de bócios volumosos, embora seja eficaz nas várias causas de hipertiroidismo.

Fontes:
Sleep Foundation
Alaska Sleep Clinic
Verywel Health
American Thyroid Association

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