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Publicado em 24 de Setembro de 2019 às 17:10 em Notícias | 0 comentários

E você, está sensibilizado para o cancro da tiroide?

E você, está sensibilizado para o cancro da tiroide?

Neste Dia da Sensibilização para o Cancro da Tiroide destacamos a importância do diagnóstico precoce desta patologia, que surge sob a forma de nódulo no pescoço, muitas vezes sem dor. Embora represente apenas 1% de todas as patologias oncológicas registadas no nosso país, a sua incidência tem vindo a aumentar. Todos os anos surgem 500 novos casos em Portugal.
 

Sabe-se pouco sobre as causas do cancro da tiroide, mas a sua caraterização está bem estabelecida: É mais frequente entre os 25 e os 65 anos e afeta cerca de quatro vezes mais o sexo feminino. Por isso, se é mulher e está em idade fértil deverá ter cuidados redobrados.

Embora o prognóstico da doença seja de uma forma geral positivo, nunca é demais lembrar que o diagnóstico precoce é determinante para esta taxa de sucesso. Ou seja, habitualmente o cancro a tiroide tem um prognóstico excelente, desde que previamente diagnosticado e corretamente tratado, com um seguimento adequado.

Devido em grande parte à maior utilização dos meios auxiliares de diagnóstico, nomeadamente a ecografia da tiroide, atualmente é possível detetar nódulos da tiroide em quase metade da população e evitar maiores complicações. A maior parte destes nódulos são benignos. Contudo, entre 5 a 10% dos casos podem ser malignos.

 

Metade dos casos continuam por diagnosticar

É fundamental continuar e reforçar a importância da vigilância regular da saúde da tiroide, pois, apesar de todos os esforços de sensibilização, a verdade é que cerca de metade dos casos de cancro de tiroide continuam por diagnosticar no nosso país. Anualmente, existem em Portugal 500 novos casos desta doença.

 
Será que pertence a um grupo de risco?

Se detetou um nódulo no pescoço, mesmo sem dor, tem dificuldade em engolir ou respirar, rouquidão persistente, sonolência, suores ou perda ou ganho de peso sem razão aparente, ou pertence a um grupo de risco – exposição a radiação na zona do pescoço, idades entre os 20 e os 60 anos, histórico de tiroide na família, ser do sexo feminino – deverá privilegiar a vigilância da sua tiroide e dirigir-se ao seu médico assistente para iniciar o seu estudo.

No caso de presença de um nódulo, o procedimento normal é a realização de análises para avaliar a função hormonal da tiroide e o estudo do nódulo através da ecografia da tiroide, um exame que permite diagnosticar e caracterizar os nódulos.

Contudo, este exame não deve ser visto como rotina de doenças funcionais da tiroide quando não existem nódulos palpáveis. De acordo com a Ordem dos Médicos e as sociedades europeias e mundiais de endocrinologia, “o uso exagerado deste exame identificará nódulos que não se relacionam com a disfunção da tiroide, o que pode desviar a avaliação clínica”. Por fim, o médico pode ainda solicitar uma biopsia da tiroide para recolha de amostra das células.

 
Quatro tipos de cancro

Não existe apenas um tipo de carcinoma da tiroide, existem quatro. Cerca de 80% são carcinomas papilares, um tipo de cancro mais comum e menos agressivo e que surge em qualquer idade. Raramente é fatal e geralmente pode ser tratados com sucesso.

O carcinoma folicular, também chamado carcinoma de células de Hürthle, é mais agressivo e com uma taxa mais elevada de metástases. No entanto, tem um bom prognóstico quando detetado de forma precoce.

Já o carcinoma medular é um tipo de cancro da tiroide mais raro, com origem nas chamadas células C, produtoras da hormona calcitonina.

Por fim, o carcinoma anaplásico, também raro e geralmente com incidência em idades superiores a 60 anos, é considerado o mais agressivo de todos.

 
Tratamentos

A cirurgia é o tratamento primário para os cancros da tiroide, sendo que para as formas agressivas do cancro folicular e papilar a abordagem inicial é a remoção de toda a glândula tiroide (tiroidectomia total).

O iodo radioativo é usado para o tratamento do cancro diferenciado da tiroide agressivo que apresenta invasão dos tecidos que rodeiam a tiroide ou locais à distância. Pode também ser utilizado como complemento da tiroidectomia nas formas menos agressivas. Além disso, como é seguro e eficaz, é igualmente administrado nos casos de cancro diferenciado menos agressivo para destruir pequenos restos tiroideus que se mantêm após a cirurgia.

Em alguns casos mais agressivos pode ser necessária radioterapia externa.

Se a tiroide foi total ou quase totalmente removida deverá ser administrada hormona tiroideia para que o organismo se mantenha com níveis normais.

 

Fontes:

American Thyroid Association

Cuf – Instituto de Oncologia

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

Endocrine Society

Ordem dos Médicos

Onco +

 

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