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Publicado em 28 de Junho de 2018 às 18:15 em Notícias Tiroide | 1 comentário

Doença cardíaca e disfunções da tiroide

Doença cardíaca e disfunções da tiroide

Os problemas cardiovasculares são um dos indicadores mais importantes e clinicamente relevantes da existência de disfunções da tiroide, seja em casos de hipertiroidismo ou hipotiroidismo. Aliás, os mecanismos de ação das hormonas tiroideias no coração e sistema cardiovascular, são fáceis de identificar ao nível do desempenho cardíaco, capacidade de contração, pressão sanguínea, resistência vascular, entre outros, ajudando desta forma a diagnosticar as disfunções da tiroide.

O diagnóstico deste tipo de alterações no coração será importante, uma vez que a maior parte das vezes, quando as disfunções nesta glândula são controladas, os efeitos no coração são revertidos.

Como se relacionam as duas variáveis?

 

No seguimento da relação entre as duas patologias, as alterações na produção das hormonas tiroideas foram também identificadas como fatores de risco para doença e falha cardíaca. Quer o hiper como o hipotiroidismo foram associados a alterações no miocárdio. Na generalidade, associa-se hipertiroidismo a taquicardia e a fibrilação (arritmia cardíaca). Por outro lado, um número crescente de casos, principalmente na presença de níveis baixos de triiodotironina (T3), hormona tiroidea, ilustra a relação entre uma reduzida performance cardíaca e o hipotiroidismo.

O caso particular do hipotiroidismo

 

Para pessoas que têm já diagnóstico de doença cardíaca, as disfunções da tiroide podem agravar os problemas já existentes ou despoletar novas situações. Particularmente em casos de hipotiroidismo, sendo que esta alteração interfere com vários aspetos funcionais do organismo, como a função muscular incluindo a função do músculo cardíaco, capacidade aeróbica e naturalmente os doentes com problemas cardíacos são mais afetados por esta disfunção da tiroide.
Vários estudos demonstram que 30% dos doentes com insuficiência cardíaca apresentam níveis baixos de T3. Aliás, a descida dos valores de T3 é diretamente proporcional à severidade da doença cardíaca. No geral, o hipotiroidismo tem efeitos em diversas interações cardíacas, nomeadamente na função diastólica e sistólica, na função do endotélio e ao nível lipídico.
Existem também grandes semelhanças entre hipotiroidismo e falha cardíaca. As alterações cardiovasculares resultam muitas vezes de uma redução de T3 em mecanismos associados ao desempenho cardiovascular e conduzem a insuficiência cardíaca.
A redução de T3 será então um forte indicador de risco de mortalidade por causa cardiovascular, sendo até um indicador mais relevante do que a idade de cada indivíduo. Por esta razão, estudos sugerem que terapia ao nível da produção de T3 poderá melhorar consideravelmente a função cardíaca em cenários de diagnóstico prévio de doença cardíaca.
Se sofre de doença cardíaca e suspeita de disfunções da tiroide, consulte o seu endocrinologista.

Fontes: Harvard Medical School, NCBI, Endocrine Society, Circulation

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