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Publicado em 29 de Fevereiro de 2024 às 10:54 em Iodo Tiroide | 0 comentários

Doença de Graves, um problema com impacto nos olhos

Doença de Graves, um problema com impacto nos olhos

É a causa mais comum de hipertiroidismo, afetando sobretudo as mulheres com idades entre os 30 e os 60 anos – é, de resto, sete a oito vezes mais frequente entre os elementos do sexo feminino. Falamos da Doença de Graves, uma doença autoimune que dá origem a uma hiperatividade generalizada em toda a glândula tiroide e para a qual contribuem fatores como o tabagismo, uma dieta com aporte excessivo de iodo, o stress, a gravidez e uma história familiar de doenças autoimunes.

Por ser uma doença autoimune, isso significa que é desencadeada por um processo que ocorre no sistema imunitário, que tem por missão proteger o organismo de invasores, como bactérias e vírus, utilizando para isso anticorpos. Mas aqui, ele é induzido a produzir anticorpos que fazem com que as células trabalhem em excesso. Os anticorpos na doença de Graves ligam-se a recetores na superfície das células da tiroide e estimulam essas células a produzir e libertar hormonas em excesso, o que tem como resultado uma tiroide hiperativa (hipertiroidismo).

No que diz respeito aos seus sintomas, a maioria tem origem na produção excessiva de hormonas da tiroide, o que pode incluir batimentos cardíacos acelerados, tremores nas mãos, dificuldade em dormir, perda de peso, fraqueza muscular, sintomas neuropsiquiátricos e intolerância ao calor.

No entanto, a doença de Graves é o único tipo de hipertiroidismo que pode estar associado a inflamação dos olhos, inchaço dos tecidos à volta dos olhos e protusão do olho (chamado oftalmopatia de Graves ou orbitopatia). De facto, um terço das pessoas com esta doença desenvolve alguns sinais e sintomas de doença ocular, que costumam ter início cerca de seis meses antes ou depois do diagnóstico. 

Os primeiros sinais de problemas podem ser olhos vermelhos ou inflamados, uma protusão dos olhos devido à inflamação dos tecidos por detrás do globo ocular ou visão dupla que, juntamente com a diminuição da visão, são problemas raros. E a confirmação do diagnóstico é feita não só com base nos sintomas, mas também com o apoio de um exame físico e análises laboratoriais que medem no sangue a quantidade de hormonas tiroideias e da hormona estimulante da tiroide.

A boa notícia é que existe tratamento, cujo objetivo consiste em pôr fim à produção de hormonas tiroideias e, consequente, eliminar os seus impactos no organismo e que, no geral, é quase sempre bem-sucedido. Ainda assim, estima-se que 53% dos doentes voltem a ter a doença, sendo por isso aconselhada a manutenção do acompanhamento médico.

 

Fontes: https://www.thyroid.org/graves-disease/ e https://www.spedm.pt/pt/glandulas-e-doencas-endocrinas/doenca-de-graves 

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